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Se medidas que constam de plano emergencial forem seguidas, risco de colapso da Lagoa do Peri é mínimo, aponta levantamento do TCE/SC

qui, 17/12/2020 - 19:06
Se medidas que constam de plano emergencial forem seguidas, risco de colapso da Lagoa do Peri é mínimo, aponta levantamento do TCE/SC

Relatório de levantamento liberado nesta quinta-feira (17/12) pelo Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) recomenda à Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) realizar campanha de conscientização da população para o consumo consciente de água nesta temporada de verão, especialmente a moradores nas regiões Sul e Sudeste da Ilha de Santa Catarina abastecidos pela Lagoa do Peri. Responsável por parte do fornecimento, a lagoa, também por recomendação do TCE/SC, deve passar por monitoramento do nível de água e da quantidade de algas, fatores que podem prejudicar o tratamento e o abastecimento.

"A nossa atuação faz parte de uma diretriz mais preventiva que vem sendo adotada pelo Tribunal. O que o levantamento mostrou neste primeiro momento é que não haverá risco de desabastecimento pela falta da água nesta temporada caso todas as medidas alternativas apontadas pela Casan no seu plano emergencial sejam implementadas", adianta a diretora de Atividades Especiais (DAE), Monique Portella. Mas a diretora reforça o alerta de que tais medidas, visando à recuperação do nível de água da lagoa, como a utilização de outras fontes, devem ser complementadas com um entendimento da população quanto à importância do uso sustentável.

O relatório é resultado de uma representação do Ministério Público de Contas (MPC), alertado sobre o risco de colapso da Lagoa do Peri em decorrência da estiagem e da coleta de água para abastecimento. No fim de outubro, a DAE iniciou uma auditoria operacional para avaliar a gestão, o controle e a fiscalização do Monumento Natural da Lagoa do Peri. Em razão da possibilidade de aumento da população em Florianópolis nesta época do ano, a avaliação relacionada ao abastecimento foi adiantada em levantamento preliminar - auditores do TCE/SC continuam o estudo, e o relatório operacional, que tratará também da gestão, da melhor forma de fornecimento de água e da articulação entre as instituições, tem previsão para ser concluído no fim de março.

 

Condição da Lagoa do Peri

Nas 29 páginas desta primeira parte do estudo, os auditores do Tribunal de Contas detalham três frentes relacionadas ao abastecimento e à atuação da Casan: o impacto das medidas para a recuperação do nível de água a partir da diminuição da quantidade captada; a quantidade de cianobactérias na lagoa e o risco de contaminação por toxinas que podem ser produzidas por ela; e o risco de salinização (quando a água do mar invade subterraneamente a água doce da lagoa) em decorrência do baixo nível.

O levantamento indica que há melhorias ocorrendo nas três frentes. A diminuição da estiagem nos últimos meses e a retirada de menos água por parte da Casan fez o nível da água da Lagoa subir de 1,5m em maio para 2,18m em 15 de dezembro - este número já foi de 2,93m em janeiro de 2018."O nível da Lagoa está numa tendência crescente e a previsão de chuva para o próximo trimestre é otimista", cita o texto. 

No que diz respeito à qualidade da água, o laudo revela que apesar da quantidade elevada de cianobactérias, o nível de toxinas está dentro dos padrões aceitáveis para a água ser considerada potável e que o risco de salinização ainda existe, mas ele reduziu com o aumento do nível de água nos últimos meses. 

 

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